Sempre que oiço alguém fazer considerações valorativas a respeito de terceiros, muitas vezes sem terem um conhecimento profundo dessa pessoa, costumo recorrer a uma conhecida fábula (ou lenda, talvez seja mais correcto chamar-lhe assim) para lhes mostrar o quanto estão a ser injustas. Trata-se da lenda (decididamente, vou chamar-lhe lenda) Dos Cegos e do Elefante.
Claro que utilizo sempre a fórmula abreviada, isto é, falo apenas do cego que apalpa o rabo do elefante e, tomando erradamente o todo pela parte, julga que o “possante e enorme animal” se resume àquela “inútil e pequena corda macia”.
Curiosamente encontrei recentemente essa lenda em alguns Blogues com um sentido final – vulgo Moral da história – bem diferente do que eu lhe costumo atribuir. E, mais curioso ainda, é que se pode utilizar para ilustrar o espírito de partilha, cooperação e colaboração que eu tenho vindo a apregoar.
Vou transcreve-la na fórmula completa e cada um lhe dará a interpretação que entender.
Reza a lenda (mais ou menos) assim:
"Era uma vez seis amigos, todos cegos, que moravam na Índia, terra dos maiores animais da Terra: os elefantes.
Naturalmente, não tinham a menor ideia de como era um elefante. Um dia, estavam sentados a conversar quando escutaram um urro.
Claro que utilizo sempre a fórmula abreviada, isto é, falo apenas do cego que apalpa o rabo do elefante e, tomando erradamente o todo pela parte, julga que o “possante e enorme animal” se resume àquela “inútil e pequena corda macia”.
Curiosamente encontrei recentemente essa lenda em alguns Blogues com um sentido final – vulgo Moral da história – bem diferente do que eu lhe costumo atribuir. E, mais curioso ainda, é que se pode utilizar para ilustrar o espírito de partilha, cooperação e colaboração que eu tenho vindo a apregoar.
Vou transcreve-la na fórmula completa e cada um lhe dará a interpretação que entender.
Reza a lenda (mais ou menos) assim:
"Era uma vez seis amigos, todos cegos, que moravam na Índia, terra dos maiores animais da Terra: os elefantes.
Naturalmente, não tinham a menor ideia de como era um elefante. Um dia, estavam sentados a conversar quando escutaram um urro.
– Acho que está passando um elefante pela rua – disse um deles. – É a nossa oportunidade de descobrir que tipo de criatura é esse tal de elefante. – E foram todos para a rua.
O primeiro cego esticou o braço, tocou na orelha do elefante e pensou: – "Ah! O elefante é uma coisa áspera, ondulada. É como um leque."
O segundo cego pegou na tromba e concluiu: – "Agora entendo. O elefante é uma coisa comprida e redonda. É como uma cobra gigante."
O terceiro cego agarrou-se a uma perna do elefante e certificou-se: – "Eu jamais iria adivinhar! O elefante é alto e forte, como uma árvore."
O quarto cego pegou o lado da barriga do elefante dizendo para si mesmo: – "Agora eu sei. O elefante é largo e liso como uma parede."
O quinto cego passou a sua mão por uma das presas do animal, assustando-se: – "O elefante é um animal duro e pontiagudo como uma lança."
O sexto cego pegou no rabo do elefante e decepcionou-se: "Ora, ora! Mas esse tal de elefante é apenas uma coisinha como uma cordinha fina!"
Posto isto sentaram-se juntos novamente, para falar sobre o elefante.
–Ele é áspero e ondulado, como um leque! – disse o primeiro.
– Nada disso; é comprido, como uma cobra – disse o segundo.
– Não digas asneiras! – riu o terceiro. – Ele é alto e firme, como uma árvore.
– Ah, nada disso – disse o quarto. – Ele é largo e liso, como uma parede.
– Duro e pontiagudo, como uma lança! – gritou o quinto.
– Fininho e comprido, como uma cordinha! – esganiçou-se o sexto.
Então começaram todos discutir com exaltação, à beira da violência física. Cada um insistia que tinha razão. Afinal, não tinham tocado com as suas próprias mãos o corpo do animal?!
Então começaram todos discutir com exaltação, à beira da violência física. Cada um insistia que tinha razão. Afinal, não tinham tocado com as suas próprias mãos o corpo do animal?!
O dono do elefante ouviu a gritaria e decidiu ver que confusão era aquela.
– Cada um de vós está correcto no que afirma, segundo o que vos foi dado conhecer; mas cada um de vós está igualmente errado – disse ele. E continuou, sentenciando: – Um homem sozinho não consegue saber toda a verdade, só uma pequena parte dela. Porém, se trabalharmos juntos, cada um contribuindo com a sua parte para a formação do todo, aí sim poderemos obter sabedoria.”
Cá está, uma perspectiva diferente, mas válida também… e haverá mais, certamente!...
Post Scriptum: No preciso momento que me preparava para publicar este texto, fiz uma pesquisa no Google e... espanto o meu… descubro que existe uma edição da Editora Pergaminho com o mesmo título que atribuo a este Post e que tem como sub título “Manual de Trabalho em Equipa”.
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