domingo, 8 de novembro de 2009

Muro de Berlim caiu há 20 anos

20 Anos: Queda do Muro de Berlim




Resta um momento de reflexão. 20 anos: o mundo não pára. O que dizer dos muros do nosso tempo? E este...não é ainda do nosso tempo?

2 comentários:

Luís Paulo disse...

Boas pistas, Vasco... muito boas mesmo!

Reflexão, sim: para quem tiver conteúdo interior, isto é, Valores;

Muros do nosso tempo: Intolerância e Discriminação... são como o vento: intangíveis, poderosos, indomáveis...

Para amanhã está agendada a realização de um evento comemorativo na Alemanha, no dia em que se completam os 20 anos do derrube do Muro de Berlim - o Muro da Vergonha.

Um enorme dominó de pedras gigantes de esferovite, pintadas por estudantes, e cuja
«primeira "pedra" será derrubada por Lech Walesa, para lembrar que foi na Polónia que se começou a rasgar a chamada Cortina de ferro, após a formação do sindicato independente Solidariedade pelos operários dos estaleiros navais de Gdansk, liderados pelo então electricista Walesa.»


Mas não basta extasiarmo-nos com estas comemorações, rodeadas sempre de enorme aparato mediático. Isso é o mesmo que ficarmos à espera que os outros derrubem o muro para nós depois tranquilamente passarmos. É necessário pegar nas ferramentas e trabalhar. E elas estão dentro de nós.

já um dia disse aqui (e não tenho vergonha de me citar quando estou convicto de que o que disse tem valor e não encontro palavras melhores para definir a mesma coisa) que «é dentro de nós que temos, antes de mais, que procurar a paz; transmiti-la ao nosso vizinho do lado e este aos seus vizinhos a deverá transmitir e por aí adiante; este movimento centrífugo envolverá a Terra como um bafo divino...

Mas tem que começar em mim, em ti, em nós, na família, no grupo de amigos, na escola, no bairro, na vila, na cidade, no país, na Europa, enfim... no coração dos Homens!...


Ou seja, os outros não são intolerantes, os outros não são discriminatórios; a Intolerância É, a Discriminação É: e eu combato-as, e nós vamos combatê-las! Com muita força...

Um abraço, amigo Vasco!

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

hoje em dia há muito a tentação do drama.
nunca na história haverá algo tão horrível, tão próprio da mais pura e dura engenharia social, do que o Muro de Berlim, comparável na sua pragmática desumanização somente à Revolução Cultural Chinesa.

as potências capitalistas, hoje em dia, vão criando os seus muros, por certo.
infelizmente esses muos são criados por quem pensa que se deve controlar quem entra nessas mesmas nações.
eu, livre-echangista, acredito que isto é uma perversão do ideal capitalista.

no entanto, o que há de horroroso no Muro de Berlim é que não se destinava a impedir que lá entrasse alguém indesejado.
destinava-se somente a não permitir a livre circulação aos que trabalhavam e viviam do lado mais negro da cortina de ferro.
era um muro que evitava a fuga, e não a invasão.

e isso sim, é o claustrofobismo que, a pouco e pouco, vamos reanimando...