Um amigo meu prepara-se para editar em livro (com sérias probabilidades de vir a ser adaptado ao cinema, porque já tem propostas) as empolgantes venturas e aventuras de um jovem liliputuguês que muito novo saiu do seu país natal (Liliputugal, um país minúsculo de gente pequenina) atraído pelas calóricas euriguarias do país vizinho (e rival também, por sinal), onde cresceu e o fizeram importante.
Tanto cresceu e tão grande ficou, o herói desta entusiasmante quanto surpreendente estória que promete aquecer o verão 2010, e gelar (de vergonha) as gerações vindouras, tão grande ficou Gunaldo, dizia, que as camisolas do seus irmãos deixaram de lhe servir (darão ao menos para umas luvas?!) e tão importante se tornou que o hino do seu país não passa agora de uma canção de embalar que ele não canta porque nem sequer já sabe a letra (além de que seria uma vergonha para a sua reputação cantar semelhante infantilidade).
Atraído pela fama e convencido do seu valor, acedeu a comandar os exércitos do seu país natal (fez esse favor). Gunaldo bateu-se estoicamente até ao dia em que teve que enfrentar as hostes do país que o euralimentou e fez dele o gigante importante que agora é. Lá se aguentou como pôde até ao final da peleja – que perdeu – sem que ninguém pudesse acusá-lo de favorecer os seus benfeitores, dado que a pequenez dos liliputugueses os impede de observar com realismo a ficção (ou não será: a pequenez impede-os de observar sem ficção a realidade?! É qualquer coisa assim!).
O problema foi que na hora do espólio (que sempre premeia as hostes vitoriosas), para não ser levado como despojo pelos vencedores, Gunaldo renegou a sua pátria – Liliputugal – e juntou-se aos que considera verdadeiramente seus, aos seus pares, aos vencedores, porque, no seu esclarecido entender, um vencedor só pode estar de um lado que é o dos vencedores, nem que para isso tenha que ser um covarde, um desertor, um renegado, enfim, um traidor à pátria (minudências de somenos importância para essa raça de gente genética e intelectualmente mais evoluída). O culpado? O culpado foi o nobre que o armou cavaleiro sabendo que ele não era um comandante, e se o fosse não era certamente dos nossos.
Estes são os traços gerais da estória que o meu amigo vai publicar em livro. Mais não posso adiantar porque o autor e as editoras não mo permitem.
Estejam atentos. A primeira edição vai ser muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
P.S.: Antes que perguntem vou já adiantando a resposta: Não, não tem desventuras, só mesmo venturas e aventuras, porque dos fracos não reza a História!
P.P.S.: Esta é uma estória cem porcento ficcionada, pelo que qualquer semelhança com a realidade será a mais pura e casta coincidência!
Tanto cresceu e tão grande ficou, o herói desta entusiasmante quanto surpreendente estória que promete aquecer o verão 2010, e gelar (de vergonha) as gerações vindouras, tão grande ficou Gunaldo, dizia, que as camisolas do seus irmãos deixaram de lhe servir (darão ao menos para umas luvas?!) e tão importante se tornou que o hino do seu país não passa agora de uma canção de embalar que ele não canta porque nem sequer já sabe a letra (além de que seria uma vergonha para a sua reputação cantar semelhante infantilidade).
Atraído pela fama e convencido do seu valor, acedeu a comandar os exércitos do seu país natal (fez esse favor). Gunaldo bateu-se estoicamente até ao dia em que teve que enfrentar as hostes do país que o euralimentou e fez dele o gigante importante que agora é. Lá se aguentou como pôde até ao final da peleja – que perdeu – sem que ninguém pudesse acusá-lo de favorecer os seus benfeitores, dado que a pequenez dos liliputugueses os impede de observar com realismo a ficção (ou não será: a pequenez impede-os de observar sem ficção a realidade?! É qualquer coisa assim!).
O problema foi que na hora do espólio (que sempre premeia as hostes vitoriosas), para não ser levado como despojo pelos vencedores, Gunaldo renegou a sua pátria – Liliputugal – e juntou-se aos que considera verdadeiramente seus, aos seus pares, aos vencedores, porque, no seu esclarecido entender, um vencedor só pode estar de um lado que é o dos vencedores, nem que para isso tenha que ser um covarde, um desertor, um renegado, enfim, um traidor à pátria (minudências de somenos importância para essa raça de gente genética e intelectualmente mais evoluída). O culpado? O culpado foi o nobre que o armou cavaleiro sabendo que ele não era um comandante, e se o fosse não era certamente dos nossos.
Estes são os traços gerais da estória que o meu amigo vai publicar em livro. Mais não posso adiantar porque o autor e as editoras não mo permitem.
Estejam atentos. A primeira edição vai ser muito limitada, numerada e assinada pelo autor.
P.S.: Antes que perguntem vou já adiantando a resposta: Não, não tem desventuras, só mesmo venturas e aventuras, porque dos fracos não reza a História!
P.P.S.: Esta é uma estória cem porcento ficcionada, pelo que qualquer semelhança com a realidade será a mais pura e casta coincidência!
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