domingo, 1 de agosto de 2010

Circulando de marcha-atrás na auto-estrada, a 120 km/h, do Porto a Santa Maria da Feira


Embora aparentemente aterradora, a experiência é apenas divertida e permite algumas reflexões pessoais, íntimas. Foi o que me aconteceu a mim esta manhã, que fiquei deveras impressionado. Há dias assim, em que estamos mais propensos à reflexão.

É claro que não se trata de circular literalmente de marcha-atrás, o que, além de proibido e praticamente impossível, seria um suicídio. A expressão é metafórica, porque traduz a ilusão de óptica que resulta do acto de circular na auto-estrada a velocidades não superiores a 120 km por hora. Como todos passam por nós a velocidades mais próprias da aviação, às páginas tantas fica-se com a sensação de que estamos a viajar de marcha-atrás.

O resultado desta triste realidade é que os acidentes mortais acontecem a cada instante. Talvez uma guerra civil não fosse tão mortífera. Olhando para os números contabilizados nos últimos quatro anos, sendo que o de 2010 ainda vai a meio:

Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2010 (até 20 de Julho): 355 (mais um do que no mesmo período em 2009)

Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2009: 738

Número de Mortos as estradas portuguesas em 2008: 772

Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2007: 854

Pergunto: dá ou não dá que pensar?!

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