Embora aparentemente aterradora, a experiência é apenas divertida e permite algumas reflexões pessoais, íntimas. Foi o que me aconteceu a mim esta manhã, que fiquei deveras impressionado. Há dias assim, em que estamos mais propensos à reflexão.
É claro que não se trata de circular literalmente de marcha-atrás, o que, além de proibido e praticamente impossível, seria um suicídio. A expressão é metafórica, porque traduz a ilusão de óptica que resulta do acto de circular na auto-estrada a velocidades não superiores a 120 km por hora. Como todos passam por nós a velocidades mais próprias da aviação, às páginas tantas fica-se com a sensação de que estamos a viajar de marcha-atrás.
O resultado desta triste realidade é que os acidentes mortais acontecem a cada instante. Talvez uma guerra civil não fosse tão mortífera. Olhando para os números contabilizados nos últimos quatro anos, sendo que o de 2010 ainda vai a meio:
Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2010 (até 20 de Julho): 355 (mais um do que no mesmo período em 2009)
Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2009: 738
Número de Mortos as estradas portuguesas em 2008: 772
Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2007: 854
Pergunto: dá ou não dá que pensar?!
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