Há um ano escrevi aqui sobre a atitude sui generis dos portugueses face à poupança, num artigo a que dei o título de "Poupança... às avessas!", artigo esse que convido a (re)ler para quem quiser reflectir sobre o fenómeno.
Este ano, hoje, porque o tempo é "mesmo" de poupança generalizada, não apenas por necessidade mas também, e não menos importante, por razões de natureza pedagógica, se atendermos a que o exemplo (ainda) é a melhor lição, este ano, dizia, vou ser menos prolixo e mais contido (poupado) nas palavras.
Este ano, hoje, porque o tempo é "mesmo" de poupança generalizada, não apenas por necessidade mas também, e não menos importante, por razões de natureza pedagógica, se atendermos a que o exemplo (ainda) é a melhor lição, este ano, dizia, vou ser menos prolixo e mais contido (poupado) nas palavras.
Assim, para assinalar o Dia Mundial da Poupança 2010, escolhi para tema e título do meu texto "Poupança não é só aforramento" para, em meia dúzia de palavras, lembrar que poupar é muito mais do que "pôr dinheiro de lado para uma eventualidade".
E escolhi este tema porque a argumentação que mais tenho ouvido da boca das pessoas, seja de familiares e amigos seja de pessoas que são entrevistadas pelos órgãos de comunicação social, face aos sucessivos incentivos à poupança, por parte de entidades responsáveis, é esta:
— «Poupar?! Poupar o quê, se não sobra nada para poupar?»— «Poupar como, se o dinheiro dos ordenados não chega para nada?»— «Poupar o quê se as coisas não param de subir de preço e os ordenados diminuem cada vez mais, já não só em termos reais mas agora também em valor absoluto?»— «Poupar como, se cada vez me sobra mais mês no fim do dinheiro?!»
Pois eu entendo que para quem tem este tipo de problemas, como eu tenho (daí que os meus conselhos sejam de experiência feitos), existem alternativas à poupança para lá do tradicional entendimento de que poupar é sinónimo de aforrar.
Poupar é gastar menos - menos água; menos luz; menos gás; menos combustíveis; menos nas "borgas"; menos cosméticos; menos alimentos - comida e bebida - nocivos à saúde (poupa-se na não-aquisição dos ditos e poupa-se na farmácia e/ou nos médicos); menos vícios (tabaco, álcool, café, etc.); menos de tudo o que possa ser menos sem diminuir a qualidade de vida...
Poupar é gastar melhor, evitando desperdícios e duplicação de custos.
Poupar é viver melhor sem custo!
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