Desde que assentei praça, em 12 de Setembro de 1988, no Regimento de Infantaria de Tomar, até ao dia de hoje, tive apenas três gripes: a primeira atacou-me logo nesse Inverno de 88, que curei a rastejar na lama de espingarda G3 às costas durante toda a manhã, desde o alvorecer até à “hora de almoço”, seguido de um “belo” duche de água gelada e o resto das horas do “longo” dia a “bater sola na parada” entremeadas com praxes tão violentas e ridículas (ou, como diria o Gato das Botas do Shrek, tão “burridículas”) que nem me davam oportunidade de pensar nas maleitas da gripe. Três dias bastaram para os sintomas desaparecerem.
Isto foi antes de ter tomado todas aquelas “Injecções de Cavalo” na enfermaria do quartel. Essas "milagrosas" injecções, periódicas e obrigatórias (que conseguiam que alguns recrutas mais sensíveis desmaiassem só de ver o “enfermeiro” pegar na seringa), deixaram-me imune durante anos (e não apenas às gripes), uma vez que as outras duas ocorreram já na década que termina dentro de dias.
Na primeira ocorrência gripal, na recruta, não tive tempo (nem autorização) para dizer “ai!” (portanto, nem “ai” disse!), quanto mais direito a baixa médica. Já nas duas últimas tive direito a seis dias de baixa por cada. Como não tive mais problema nenhum nestes anos todos, o saldo é bastante positivo para a Segurança Social: doze dias de baixa médica em vinte e seis anos de descontos (as contas não estão erradas, porque já trabalhava quando fui obrigado a ir para a tropa. O meu Cartão de Beneficiário da Segurança Social data de Setembro de 1984, e já assim com alguns meses omitidos pela entidade empregadora, como era timbre naquela época).
Explicação para isso?! Ora bem, parar além das já referidas “injecções de cavalo” que nos davam na tropa e que nos imunizava contra tudo e mais alguma coisa (acho mesmo que nos robustecia psicologicamente), a única medida preventiva complementar era a toma de um ponche bem quente com leite, ao pequeno-almoço (tipo “galão de ponche”) logo que apareciam quaisquer sintomas, ainda que bem ténues, de gripe ou constipação (receita esta aprendida – imagine-se – na tropa).
Não estou a recomendar a receita a ninguém, mas como sou pessoa que gosta de se rir, vou recordando estas coisas e rio-me à tripa-forra (rirmo-nos de nós mesmos não é falta de educação, é até bastante saudável).
Isto foi antes de ter tomado todas aquelas “Injecções de Cavalo” na enfermaria do quartel. Essas "milagrosas" injecções, periódicas e obrigatórias (que conseguiam que alguns recrutas mais sensíveis desmaiassem só de ver o “enfermeiro” pegar na seringa), deixaram-me imune durante anos (e não apenas às gripes), uma vez que as outras duas ocorreram já na década que termina dentro de dias.
Na primeira ocorrência gripal, na recruta, não tive tempo (nem autorização) para dizer “ai!” (portanto, nem “ai” disse!), quanto mais direito a baixa médica. Já nas duas últimas tive direito a seis dias de baixa por cada. Como não tive mais problema nenhum nestes anos todos, o saldo é bastante positivo para a Segurança Social: doze dias de baixa médica em vinte e seis anos de descontos (as contas não estão erradas, porque já trabalhava quando fui obrigado a ir para a tropa. O meu Cartão de Beneficiário da Segurança Social data de Setembro de 1984, e já assim com alguns meses omitidos pela entidade empregadora, como era timbre naquela época).
Explicação para isso?! Ora bem, parar além das já referidas “injecções de cavalo” que nos davam na tropa e que nos imunizava contra tudo e mais alguma coisa (acho mesmo que nos robustecia psicologicamente), a única medida preventiva complementar era a toma de um ponche bem quente com leite, ao pequeno-almoço (tipo “galão de ponche”) logo que apareciam quaisquer sintomas, ainda que bem ténues, de gripe ou constipação (receita esta aprendida – imagine-se – na tropa).
Não estou a recomendar a receita a ninguém, mas como sou pessoa que gosta de se rir, vou recordando estas coisas e rio-me à tripa-forra (rirmo-nos de nós mesmos não é falta de educação, é até bastante saudável).
E para que a saúde nos não abandone... estimemo-la!
2 comentários:
Ah, a receita do ponche já conhecia, mas não com leite à mistura. Apenas o ponche :P mas acho que me fico pelos Benuron's :)
Boas entradas Luís.
Bom, fico contente por saber que não sou o único noctívago por estas paragens :)
Eu disse que não recomendava a receita a ninguém, mas que funcionou comigo ao longo dos anos isso é verdade. E outro pormenor que não falei no texto, mas que recomendo, é o uso de pouca roupa. Não significa que devamos andar ao frio, mas não demasiado agasalhados para evitar os contrastes de temperatura.
Outras dicas: nunca voltar as costas a fontes de calor (intenso), porque os pulmões ficam demasiado expostos e vulneráveis e aquecem demasiado. Quando nos retiramos, o ar frio que inspiramos em contacto com os pulmões sobreaquecidos pode ser fatal.
E ainda (e pelas mesmas razões – os pulmões), sempre que sairmos de um local quente para um frio (ou pelo menos se se verificar uma acentuada amplitude térmica entre o local de onde saímos relativamente àquele para onde entramos, deve evitar-se respirar pela boca e fazê-lo tanto quanto possível pelo nariz e deve-se filtrar o ar inspirado com um tecido qualquer (lenço, luva ou cachecol) para que ele aqueça um pouco.
Et voilá! Talvez assim aguentemos firmes até à passagem do ano :)
Obrigado, Daniela, pela tua visita e que além de uma excelente passagem de ano tenhas um magnífico ano novo.
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