Um, Parvo, apela descaradamente à Autarcia. Num nacionalismo bacoco, o Parvo exorta os portugueses a consumirem exclusivamente produtos nacionais, ainda que sejam um pouco mais caros que os importados. Um sentimento assim, se for espontâneo, íntimo, pessoal, voluntário, é aceitável e recomendável a todo o cidadão responsável, mas um apelo desses e nesses termos é desastroso, malicioso e irresponsável.
Porquê? Porque esquece-se, o Parvo, ou não o quer lembrar, que a Economia Portuguesa depende das Exportações, o que significa que, se os países vizinhos, em resposta ao apelo no nosso Parvo, fizerem apelo semelhante aos seus consumidores está-se mesmo a ver qual a consequência disso no nosso país: em poucos meses estaremos a comer pedregulhos ao preço do ouro.
Por outro lado, não escuto uma palavra desse mesmo Parvo a exortar os investidores bolsistas, os capitalistas seus comparsas, a investirem exclusivamente em empresas nacionais. Porque será?!
Outros, Gosmas, roubam descarada e despudoradamente dinheiro do bolso aos portuguesitos, impotentes para se defenderem.
Esquecem-se, os Gosmas, ou não o querem lembrar, que é o consumo que dinamiza a economia; e que não há consumo sem dinheiro; e que não há dinheiro sem consumo; e que não há economia saudável sem dinheiro e sem consumo.
Por outro lado, esses mesmos Gosmas, retiram incentivos aos pobres para aquisição ou manutenção de casa própria e atribuem esses incentivos aos ricos para que aluguem essas mesmas casas àqueles mesmos que tiveram que as entregar aos Bancos por não conseguirem suportar as mensalidades do crédito bancário.
Em sintonia, claro, os Bancos, que fazem parte do clube dos ricos, dos favorecidos pelas políticas de direita ultraliberais, negam-se a renegociar os créditos com os pobres, estes mesmos pobres que lhes encheram a pança, a esses mesmos Bancos, durante anos a fio - quando os imóveis eram vendidos ao triplo ou quádruplo do preço que valiam propositadamente para os créditos serem bem volumosos de modo a comerem à tripa forra banqueiros e construtores - accionam-lhes as hipotecas por incumprimento e de seguida vendem o mesmo imóvel a um rico, daqueles que têm muitas garantias para dar aos Bancos, a crédito e, claro, em condições de financiamento muito mais vantajosas do que as que negaram aos pobretanas. A estes resta-lhes esperança de conseguirem arrendar o imóvel perdido por um valor igual ao que pagavam antes ao Banco, com a vantagem de poderem abandoná-lo sem chatices quando não puderem pagar as rendas.
Esta política não é desconcertada, como à primeira vista pode parecer. Não, bem pelo contrário. Ela está em perfeita sintonia com as novas regras laborais ultraliberais e a flexisegurança.
Sim, claro, trata-se de políticas concertadas, e bem. Se não vejamos. Como é que se vai convencer um casal de trabalhadores fabris, ou funcionários públicos, que não perdem nada em largar o seu posto de trabalho em Santa Maria da Feira, Braga ou Bragança e fazerem as malas rumo a Alenquer, Ourique ou Portimão para um novo emprego, se esses trabalhadores tiverem adquirido casa própria para morar? Não se consegue.
Já se o incentivo for o do arrendamento, aí sim, já será uma política mais consentânea com a das novas regras laborais ultraliberais e a flexisegurança. Imbuídos deste espírito, os mesmos trabalhadores, que em vez de casa própria têm casa arrendada, correm o país de norte a sul uma vez por ano, com as trouxas às costas, como os saltimbancos, e sempre felizes da vida.
São assim os portugueses: POBRES MAS FELIZES!
Porquê? Porque esquece-se, o Parvo, ou não o quer lembrar, que a Economia Portuguesa depende das Exportações, o que significa que, se os países vizinhos, em resposta ao apelo no nosso Parvo, fizerem apelo semelhante aos seus consumidores está-se mesmo a ver qual a consequência disso no nosso país: em poucos meses estaremos a comer pedregulhos ao preço do ouro.
Por outro lado, não escuto uma palavra desse mesmo Parvo a exortar os investidores bolsistas, os capitalistas seus comparsas, a investirem exclusivamente em empresas nacionais. Porque será?!
Outros, Gosmas, roubam descarada e despudoradamente dinheiro do bolso aos portuguesitos, impotentes para se defenderem.
Esquecem-se, os Gosmas, ou não o querem lembrar, que é o consumo que dinamiza a economia; e que não há consumo sem dinheiro; e que não há dinheiro sem consumo; e que não há economia saudável sem dinheiro e sem consumo.
Por outro lado, esses mesmos Gosmas, retiram incentivos aos pobres para aquisição ou manutenção de casa própria e atribuem esses incentivos aos ricos para que aluguem essas mesmas casas àqueles mesmos que tiveram que as entregar aos Bancos por não conseguirem suportar as mensalidades do crédito bancário.
Em sintonia, claro, os Bancos, que fazem parte do clube dos ricos, dos favorecidos pelas políticas de direita ultraliberais, negam-se a renegociar os créditos com os pobres, estes mesmos pobres que lhes encheram a pança, a esses mesmos Bancos, durante anos a fio - quando os imóveis eram vendidos ao triplo ou quádruplo do preço que valiam propositadamente para os créditos serem bem volumosos de modo a comerem à tripa forra banqueiros e construtores - accionam-lhes as hipotecas por incumprimento e de seguida vendem o mesmo imóvel a um rico, daqueles que têm muitas garantias para dar aos Bancos, a crédito e, claro, em condições de financiamento muito mais vantajosas do que as que negaram aos pobretanas. A estes resta-lhes esperança de conseguirem arrendar o imóvel perdido por um valor igual ao que pagavam antes ao Banco, com a vantagem de poderem abandoná-lo sem chatices quando não puderem pagar as rendas.
Esta política não é desconcertada, como à primeira vista pode parecer. Não, bem pelo contrário. Ela está em perfeita sintonia com as novas regras laborais ultraliberais e a flexisegurança.
Sim, claro, trata-se de políticas concertadas, e bem. Se não vejamos. Como é que se vai convencer um casal de trabalhadores fabris, ou funcionários públicos, que não perdem nada em largar o seu posto de trabalho em Santa Maria da Feira, Braga ou Bragança e fazerem as malas rumo a Alenquer, Ourique ou Portimão para um novo emprego, se esses trabalhadores tiverem adquirido casa própria para morar? Não se consegue.
Já se o incentivo for o do arrendamento, aí sim, já será uma política mais consentânea com a das novas regras laborais ultraliberais e a flexisegurança. Imbuídos deste espírito, os mesmos trabalhadores, que em vez de casa própria têm casa arrendada, correm o país de norte a sul uma vez por ano, com as trouxas às costas, como os saltimbancos, e sempre felizes da vida.
São assim os portugueses: POBRES MAS FELIZES!
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