Ouvido numa sala de espera das urgências pediátricas de um hospital nacional, a propósito das eleições legislativas que decorreram na véspera:
«Amanhã, mômigo, bai ser a merda do costume: as coisas começu’dar p’ó torto e é bê-los todos a fugir cu cuzinho à seringa. E se pruguntares à malta, é que ninguém botou neles, ninguém, não sei é cum’é qu’eles fôru lá parar ao poleiro. Premeiro pondezus lá, butáizius lá no poleiro, cutcheiro nalguma coisa, ópôis teraindzus candacoisa não butcheira... tá bisto, não s’imbenta mai’nada, é semp’a mema merda! E ninguém botou neles, ess’é qu’é essa!»
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