É incrível a quantidade de sites que nos aparecem em língua portuguesa quando fazemos uma pesquisa sobre qualquer tema - Direito incluído - muito embora a quase totalidade seja produção brasileira. Acontece que, se por razões que se prendem com especificidades, quisermos encontrar matérias exclusivamente de produção nacional portuguesa - por exemplo no caso do Direito, se pretendemos informação que envolva o nosso ordenamento jurídico e não outro -, é necessário restringirmos a nossa pesquisa a páginas de Portugal. E aqui é que o caso muda de figura! E radicalmente, ou seja, a bela vira monstro! Porquê?! Porque a informação que agora nos é disponibilizada é pouca e nem sempre de grande utilidade porque de fraca qualidade - e ainda assim é necessário fazer um esforço bastante grande de escrutínio da informação, não vá estarmos a comer gato por lebre.
Em Portugal esconde-se tudo a sete chaves. Até parece que a apreensão de conhecimento por parte dos outros retira o conhecimento que cada um tem. Primeiro isso é mentira, está cientificamente provado que aquilo que cada um sabe não diminui nem um pouco, pelo menos em termos absolutos, com o aumento de conhecimentos dos demais. Pode é tornar-se mais pequeno em termos relativos, e talvez seja esse o medo de muita gente.
Aqui até acontece algo mais caricato. Não raro, vou eu cheio de alegria e boa vontade divulgar um achado interessante aos meus conhecidos e amigos e recebo em troca, acompanhada de um amplo sorriso rasgado, a seguinte declaração: «Ah, mas eu já tenho isso há muito tempo!» E eu (penso, mas não digo): «Ah, ok, então se tens assim há tanto tempo porque nunca disseste nada, porque não partilhaste?!» Claro que não obtenho resposta. Raramente os pensamentos, quando não expressos por palavras, obtêm qualquer resposta. A menos que a expressão de surpresa e/ou embaraço do nosso rosto (no meu caso acompanhados por uma carregada vermelhidão) denunciem o nosso pensamento. Talvez então, com um pouco de sorte, e um q.b. de piedade do nosso interlocutor, nos seja esclarecido: «Ah, nunca imaginei que tu estivesses interessado nisso!» Mais uma vez o meu espanto, mas agora o cérebro congelou e já não pensa.
Tudo isto para dizer o quê (muitas coisas, pelo que o mais correcto seria eu perguntar: tudo isto vem a propósito de quê?)?. Tudo isto para dizer que os brasileiros são mais liberais em termos de partilha de conhecimentos. Todos sabem disso!
O pequeno exemplo que trago aqui hoje surgiu no meio de uma pesquisa de conceitos para o meu estudo de Direito Constitucional II, de cuja cadeira vou fazer teste na próxima terça-feira, no âmbito da Avaliação distribuída, e despoletou em mim a ideia deste Artigo. Trata-se de um site brasileiro de Educação a Distância Interativa e onde permaneci alguns minutos (não muitos que o tempo urge, mas lá voltarei mais tarde, por isso aqui deixo o link) explorando alguns outros conceitos/expressões bastante interessantes de que fazem parte os exemplos que deram nome ao Artigo: A culpa "in elegendo" e a culpa "in vigilando". É lógico que não foi esta a matéria que pesquisei! A que eu pesquisei também lá está, mas essa todos a conhecem, menos eu, pelo que seria aborrecido trazê-la para aqui ao mesmo tempo que corria o risco de ninguém se sentir tentado a visitar o dito site, o que seria uma pena, confesso. Esta matéria apareceu na sequência da minha curiosidade e como envolve termos que eu desconhecia, seleccionei-os entre tantos outros.
Trata-se de um pequeno vídeo de apenas dois minutos pelo que aconselho a sua visualização!
Para visitar a página e visualizar o vídeo, clique no link que se segue:
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