Como é sabido, não há aniversário sem presentes. Por isso mesmo, logo pela manhã, um amigo muito especial - o primeiro aluno da FDUP a deixar um comentário nesta casa, logo no segundo texto -, me entregou em mão um presente para partilhar convosco. Fiquei muito contente, não só pelo conteúdo do presente mas muito mais pelo gesto. É a Magia a funcionar. O espírito de Partilha, Cooperação e Colaboração defendido por "esta casa" desde o primeiro dia vai aumentando à medida que se reparte. Só pode ser Magia: a Magia da FDUP.
Todo o estudante da FDUP sabe que ali há Magia. Desde o primeiro momento que alguém entra naquela casa para se matricular sente uma energia estranha, um sentimento inefável, algo a que eu chamo Magia. Poucos terão lido o meu testemunho dessa Magia, desse sentimento, mas convido-os a que o leiam agora. Não foi lirismo, foi real, foi o que eu senti no dia da maravilhosa recepção ao caloiro. Cliquem nesse link e leiam com atenção: A Recepção na FDUP! Direito a Legislatuna... e sintam comigo, relembrem o dia da vossa recepção, e preparemo-nos para a recepção aos novos colegas, já na próxima segunda-feira, e que começaram ontem as suas matriculas.
Porque a recepção ao caloiro faz-se, ou deve iniciar-se ainda antes de eles se apresentarem às aulas. Muitos deles (se não todos) logo que sabem o resultado das colocações começam a pesquisar na Internet informações várias: alojamento, praxe, programas, horários, etc. e fazem-no usando os motores de busca como o Google e tendo como palavras-chave comuns "FDUP" e "Rua dos Bragas". Experimentem fazê-lo e verão que este Blogue aparece quase sempre nas primeiras sugestões do Google.
Depois do que acabei de afirmar é imperioso que me dirija a eles, aos nossos novos colegas, e dizer-lhes que serão muito bem-vindos e que ao cabo de uma semana de aulas lhes irá parecer que todo o seu percurso académico ali foi feito.
Finalmente vou partilhar convosco o presente oferecido pelo meu amigo e nosso colega Manuel Rezende. Para os que ainda estão a chegar, o Manuel tem o seu próprio blogue, em co-autoria com outros colegas que é o Café Odisseia. A lembrança foi boa, se atendermos a que as aulas do 2º ano começaram com Direito Comunitário!
Ai está:
Obrigado ao Manuel pelo presente e a todos quantos colaboraram connosco ao longo deste primeiro ano.
Bem-hajam
7 comentários:
PARABÉNS !!!!!!!!!!!!!!!!!
Um ano???? Confesso que já nem me lembrava. Tanta coisa aconteceu neste ano... um mundo novo... o dissipar das dúvidas... num ou noutro caso, o surgir de muitas outras...
Mais uma vez, parabéns. Parabéns a ti, Luís, pela ideia de criar - e partilhar - este espaço. Parabéns a vocês, colegas, por também aqui partilharem as vossas ideias.
Um ano já está... Faltam mais três, pelo menos!!!! E venham eles!!!
A ver se os novos alunos começama aderir!!! O blog está de parabéns e, sem dúvida, tu Luís que lhe dás vida. Há que admitir que a bilbioteca que aqui construiste é uma ajuda preciosa! Muito obrigado por tudo, abr
Um ano sim, Catarina, o tempo voa, e quando chegares à minha idade compreenderás melhor por que é que eu não baixo os braços :)
Adorei o teu comentário, não só pelo teu regresso mas pelas palavras enérgicas e de confiança que nos ofereces. Obrigado!
Quanto às palavras do Vasco, imagino, amigo, que estejas já a fazer publicidade junto dos novos colegas que se matriculam durante esta semana e aos quais tu e alguns outros colegas, que responderam ao apelo do GIVA/FDUP, têm dado apoio com todo o empenho e dedicação, facto que eu tenho observado com muita satisfação.
Quanto aqui ao blogue, é verdade que ele esteve paradinho, é verdade... Assim que acabei os exames de Junho, além de me sentir extremamente cansado, prometi dedicar-me aos meus filhos (para quem não sabe tenho três filhos, uma menina de 12, uma menina de 4 e um menino de 2 anos) que já tinham sede e fome de pai como eu tinha sede e fome deles. Assim, aproveitei as férias para me dedicar mais a eles (digo mais e não exclusivamente porque na realidade eu não tenho férias, e no Verão aos fins-de-semana é quando mais trabalho).
Mas o trabalho ou a dedicação a uma causa não se mede apenas pelo trabalho visível. Daí que, e aproveitando a tua deixa, Vasco, vou fazer uns breves esclarecimentos sobre a Biblioteca Virtual Estudante. Digo breves porque mais tarde farei um texto com mais explicações.
A Biblioteca Virtual que comecei aqui no blogue transferiu-se para um espaço próprio, um novo blogue. Anunciei esse facto mas muita gente não se apercebeu. É verdade que lá se encontram alguns apontamentos (gratuitos), mas também é sabido (quem fala comigo sabe) que sou contra o estudo por sebentas, resumos ou apontamentos de outros anos (muito mais contra a venda dos mesmos). Quem tiver dúvida venha a minha casa, à minha biblioteca, e certifique-se. Mas a Biblioteca Virtual tem um acervo muito grande e em constante expansão de legislação útil e actualizada para as matérias em estudo e, esse sim, é o trunfo do meu novo trabalho. E foi nesse projecto que eu despendi muitas horas nocturnas das minhas férias escolares. Além de remodelar todo o blogue adicionei dezenas (muitas dezenas) de novos materiais.
Existe um link aqui neste blogue, na barra lateral esquerda, que conduz os interessados à Biblioteca Virtual Estudante. Visitem e divirtam-se. Porque em tudo na vida, meus amigos, o melhor é aquele que se diverte mais! :)
Se quiserem ir já lá, cliquem aí: http://bibliotecavirtualestudante.wordpress.com
Um abraço!
P.S.: Curiosamente, o nosso professor de Direito Penal, o Prof. Almeida Costa, disse na aula de apresentação de hoje, a respeito dos apontamentos, exactamente o que traduz o meu pensamento: «Apontamentos sim, mas só do ano em curso, de colegas de turma e de confiança». Para que é que eu disponibilizo outros apontamentos na Biblioteca Virtual Estudante? (Perguntam vocês em silêncio) Para comparar e comprovar o que acaba de ser dito! :)
Divirtam-se...
Claramente não conheceste a nossa faculdade pré-Bolonha. Não era nada disso que descreves no blog. Era melhor.
Tivemos aulas no Campo Alegre (Faculdade de Psicologia até 2001), Parcauto (até Dez. 2003) e depois, finalmente, no edifício de Engenharia "dos Bragas".
Todos sabiam o nome mutuamente. Era frequente discutir futebol nos corredores com alguns professores, e a Doutora Luisa Neto, que à data era ainda, e apenas, licenciada (atenção que agora é Prof. Doutora Luisa Neto) tratava-me pelo nome próprio. E leccionava Direito Constitucional e Fundamentais. E partia os anéis com as pancadas de desespero que dava nas mesas quando não respondíamos aquilo que ela pretendia nas suas orais concorridíssimas...
E isto numa altura em que se exigia estudo a sério... nada de molho bolonhês com programas de cadeira cheios de facilitismo, nem cadeiras suprimidas (ainda sou do tempo em que os professores se queixavam que 5 anos era pouco para formar juristas...) de modo a proporcionar aos alunos o acesso ao mestrado que tanto a faculdade agradece (sim, pelas propinas).
A FDUP deve muito ao nosso grupo de alunos que começou tudo isso, que abriu jornais, criou tunas, "abriu o DEQ" como espaço para a Associação de Estudantes, que exigiu um bar dentro da faculdade... etc...
Oxalá mantenhais o espaço como o idealizamos.
Boa sorte na vossa caminhada (e cumps ao Sr. Ferreira, a quem causamos tantos cabelos brancos).
Do amigo H.B.L.
FDUP 2001-2006
Olá amigo H.E.B.L.
Sê bem-vindo à "nossa casa"!
Não obstante alguma falta de clareza, e incompreensão da minha parte, na comparação que estabeleces com a FDUP que frequentaste (com orgulho, percebe-se) e a FDUP que (alegadamente) eu descrevo no blogue, só me dás razões para me sentir feliz.
Primeiro porque consegui trazer a debate um ex-aluno da Faculdade e segundo porque me honra muito que consideres este espaço suficientemente válido para veicular tua opinião e teu testemunho enquanto (ex-)aluno da FDUP.
Permite-me apenas que faça um esclarecimento. Tudo o que aqui escrevo sobre a FDUP é aquilo que eu sinto e vejo, e como sou estudante-trabalhador é óbvio que não conheço suficientemente a Faculdade para poder ser responsabilizado pelo retrato do que ela de facto é no presente. Por razões óbvias, desde logo porque não estou envolvido em todas as actividades, não conheço profundamente todos os organismos e departamentos e tudo isso porque o tempo que passo na Faculdade é muito inferior ao da maioria dos estudantes mais novos. Já é um grande privilégio, para um aluno com a minha idade, conseguir o respeito, o carinho e a simpatia de todos os estudantes, professores e funcionários administrativos da FDUP e, ainda por cima, conseguir congregá-los neste espaço de partilha de ideias e discussão (porque não?) num mundo virtual onde proliferam outros projectos bem mais dinâmicos.
Depois não é minha intenção fazer uma descrição da FDUP, mesmo que o quisesse fazer só poderia dela dar uma pálida imagem porque, às razões já apresentadas, acresce a minha falta de capacidade descritiva para o fazer.
Quanto à desvalorização que fazes dos programas actuais não me pronuncio. Opiniões e gostos não são discutíveis. No resto está tudo na mesma: os professores continuam a saber o nome próprio e a chamar por ele todos os seus alunos; os alunos que têm tempo e sabem continuam a discutir futebol ou outros assuntos no corredor com os professores; os professores continuam a queixar-se (e eu concordo com eles) que quatro anos é "muito" pouco para formar juristas; a Prof. Luísa Neto continua a "descascar" as secretárias (já não os anéis, talvez seja útil destacar aqui esta pequena nuance) à conta da apatia e ignorância dos estudantes; continuam a criar-se espaços de discussão pelos novos alunos (vide Sociedade de Debates); etc.
Como vês, tudo diferente, tudo igual, mas nada na mesma... e ainda bem que assim é!
Espero que te mantenhas em contacto e nos forneças novos testemunhos. É sempre agradável e enriquecedor confrontar experiências.
Um grande abraço e se tiveres curiosidade em conhecer o "cromo" que está por detrás destas palavras aparece lá na FDUP. Terei todo o gosto em tomar contigo um café no Bar da Faculdade.
Até breve!
Só uma emenda: a Prof Luísa Neto não partia anéis à conta da nossa ignorância, mas sim da nossa falta de conhecimentos jurídicos específicos.
E a faculdade, apesar de a descreveres dessa forma, não está como era. Não são alunos que me dizem isso, mas sim os próprios profs. Há uma geração que se perdeu. Não me perguntes como, nem porquê. Talvez tenha a ver com o aumento da competitividade interna entre alunos.
Os programas estão extremamente pobres. Tenho pena, mas não te posso dizer o que a mim me disseram alguns professores, senão ias perceber a desilusão deles. Os recém-licenciados têm sido algumas queixas no mercado de trabalho devido a lacunas absolutamente incompreensíveis. Já se esperava isso... A culpa não deve ser imputada nem aos professores, nem aos alunos, que na verdade são vítimas da mercantilização do ensino superior europeu. Isto agora é um negócio, e apesar de não constar no papel o mestrado, acredita que qualquer licenciatura antiga os baterá aos pontos em minúcia jurídica. Mas não num concurso público de emprego... agora resta saber se a vossa geração se contentará com títulos mais do que com o conteúdo.
Por outro lado, a FDUP, independentemente dos conteúdos programáticos, tem colocado alunos em todo o tipo de concurso público, em cursos do CEJ, e com excelentes prestações na advocacia sobretudo da cidade do Porto, e isso é motivo de regozijo.
Aproveito para vos dizer o seguinte: as aulas são importantes, as teorias são extremamente importantes (para os exames... porque a vida prática é bem diferente), os apontamentos são fundamentais (até para o futuro), mas o Direito existe, sobretudo, nos Códigos. Por isso fazei como nós que aprendemos a investir na leitura da lei como forma de ultrapassar algumas lacunas dos programas (como a falta de manuais em Direito Penal, por exemplo; ler Eduardo Correia no séc. XXI é giro, mas jurássico). Quereis aprender direito processual? Ler os códigos, ler, ler, ler, até saber a estrutura de cor e salteada.
Um abraço.
Caro amigo,
Não adianta ter medo das palavras duras substituindo-as por eufemismos. Mas aceito a correcção. Contudo, esclareço que a palavra utilizada (ignorância) deriva deste meu hábito de me colocar sempre à cabeça do grupo quando se trata de assumir erros colectivos.
Quanto ao resto do teu texto nada tenho a refutar. Considero-o um testemunho enriquecedor acompanhado de conselhos muito preciosos que eu perfilho e subscrevo integralmente. Convém recordar que, apesar de estar apenas a iniciar o segundo ano do curso de Direito, a minha idade e qualidade de pai leva-me a encarar o ensino numa perspectiva bem diferente da dos meus jovens colegas, isto é, com preocupação de pai. :)
Espero sinceramente que continues a acompanhar o nosso trabalho e, quem sabe, outros (ex-)alunos se juntem a nós nesta partilha de ideias e experiências. Foi uma participação muito valiosa que espero sinceramente se repita. Seguramente iria atrair ao debate muitos jovens até hoje silenciosos tementes da crítica mordaz e gratuita, vazia e fútil, que prolifera no mundo bloguístico.
Até breve...
Um abraço!
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